Esta vez sim

Bom, ao menos é a minha intenção neste momento. Este é o último post deste blog.

Por que? O certo é que levava tempo pensando em deixá-lo até ter algo interessante que dizer, já que a minha vida é demasiado aborrecida desde há um tempo como para encima continuar a escrever aqui enquanto utilizo palavras com as que outra pessoa poderia fazer algo útil. Acontecem coisas, mas poucas vezes são boas e já abri demasiadas vezes a boca para chorar. Próximamente poderia existir a possibilidade de se confirmar uma nova que mudaria a minha vida, mas no caso de acontecer não vai ser boa (desde a minha perspectiva sim, mas suponho que não para pessoa nenhuma com um pouco de cabecinha), assim que nada.

Acho que este post é o fim dum processo de regressão. Nos últimos anos da carreira, sofri um processo de apertura pessoal que agora me está a levar ao meu estado inicial, fechado ao redor do eu, a tirar desse eu para poder continuar adiante. Os ciclos da vida. E este ciclo está marcado pelas perdas pessoais, já seja pela distância ou pelas decepções, alguma muito recente e que me negava a acreditar possível; mas a realidade sempre é mais dura do que achamos e as pessoas estamos muito mais comidas por dentro do que gostamos de admitir. Ainda assim sempre me doerá ver como há grandes pessoas que vendem a sua alma a pessoas manipuladoras que os utiliza.

Uma das características do David inicial (e também do David dos últimos anos, aínda que algo menos) é o silêncio ante o mundo. As ganas de passar inadvertido ante as pessoas do redor por medo a não ser aceitado. Inseguridade. Cheguei a crer que podia ser um mais e, contudo, cada dia vem provar que estava errado. Continua a haver algo de mim que não encaixa. O dia que volva mudar o ciclo, estarei aqui de novo. Enquanto não chega esse momento: até sempre.