Encruzilhada

Confusão. A minha mente nada em um mar de indecisão e impotência. Impotência ante a vida e a sua lei de funcionamento: essa lei que leva a minha vida de volta ao ponto morto cada vez que começa a ir bem. Essa lei que leva tempo jogando comigo como se fosse um títere. A lei de todo o que sobe baixa, de primeiro dou-te algo bom e depois vai a facada.
Dói-me a cabeça de cavilar (e não estou a brincar). No momento no qual a minha vida voltava a um caminho tranquilo, no qual começava a desfrutar da minha vida como há muitos anos que não fazia... zas! O destino de novo com uma nova prova de fé. De fé em mim mesmo e nas minhas ideias, de fé na minha fé nos meus sentimentos e de fé nas pessoas que fazem parte da minha vida.
Levo anos pedindo uma segunda oportunidade para poder esquecer tudo e começar de novo. E essa ideia, a mesma que quer baixar os braços para sempre, ainda está viva em mim; contudo, continua enfrentada com a parte de mim que quere continuar a guerra até o último alento, e essa parte está muito reforçada nos últimos tempos. Aliás, agora não estou sozinho, assim que tudo o que faça não só me vai doer a mim.
A oportunidade de poder começar de novo tem um destino é um preço. Será que depois de tantos anos tenho preço? Estou disposto a vender a minha vida atual por um suposto benestar futuro? É esse o meu preço por entrar no sistema? É esse o meu preço por fechar a boca e continuar a engraxar a máquina que nos oprime?
Sim, isto é o que me faz duvidar na minha decisão. Ao melhor agora entendedes mais as minhas dúvidas, ou pode ser que seja de verdade o tolo que muitas pessoas acham que sou e simplesmente continue a viver na minha ideia paranoica do mundo e a vida. Seja o que for, descubri-lo-ei cedo.
Oxalá estivéssedes todos aqui. Obrigado por estardes, ainda que só for em mente.
Uma aperta.
David?